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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Crítica: 2 Coelhos

Este é um filme que você pode julgar pela capa: ruim
Por mais modernos que nós queiramos ser, um filme ainda é a arte de se contar uma história. Podemos copiar estilisticamente o Guy Ritchie e o Tarantino ao extremo, colocando todos os elementos para se fazer um filme cool, moderno. Milhões de frases de efeito, ângulos não convencionais, abusar da câmera lenta, estrutura não-linear da trama, Radiohead na trilha sonora... caso a história seja ruim, o filme fatalmente também o é.

E é simplesmente por conta desse quesito que “Dois Coelhos” é um dos piores filmes nacionais dos últimos anos no grande circuito. Há uma empolgação aqui com a forma e se esquece do conteúdo. O resultado é que tudo soa forçado e artificial.

Eu realmente gostaria de estar falando bem dele aqui e agora. Afinal, odeio a falácia de que nós brasileiros não somos bons os suficientes para fazer filme pop como os americanos, que só sabemos falar de desgraça em ar documental. No entanto, de nada adianta uma verba expansiva e uma edição primorosa se a história é fraca. 

Por mais desastroso que tenha sido o resultado final, o filme teve um lado bom. Caso vá bem nas bilheterias vai incentivar outros diretores (e patrocinadores) a serem mais ousados. Ainda estou na espera de um diretor brasileiro conseguir de novo unir em um filme pop uma produção bacana com um bom roteiro, como em Tropa de Elite 1  e 2. Agora, se for pra valorizar a forma em detrimento do conteúdo, aí não! Continuemos ao contrário, por favor. Bons exemplos de filmes com linguagem moderna e pós-produção nem tão rebuscada nós temos aos montes no passado recente, como em “Saneamento Básico”, “O Palhaço” e "Reflexões de um Liquidificador". Basta colocar empenho e criatividade para trabalhar que tudo é possível.

Desculpem-me se estou sendo chato aqui. Mas, a história ainda fala mais alto.

sábado, 14 de agosto de 2010

Zé do Caixão abre série de debates na Bienal Internacional do Livro

Marli Moreira / Repórter da Agência Brasil

O cineasta José Mojica Marins, conhecido como Zé do Caixão, abriu hoje (13) a série de debates que vão ocorrer, até o próximo dia 22, no Salão de Ideias, na 21ª Bienal Internacional do Livro, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

Ele respondeu a várias perguntas de uma plateia formada predominante por jovem, posou para fotos e se surpreendeu com o assédio para os autógrafos do livro, editado em 2008, sob o título O Livro Horripilante de Zé do Caixão. Mujica contou que tem se dedicado a escrever a sua próxima obra Minhas Memórias, a ser lançada no início de 2011.

Não é só no Brasil que Zé Caixão faz sucesso. Recententemente, ele foi homenageado na Europa. “Fiquei emocionado ao saber que mesmo na Eslovênia eu tenho um público fiel”. Em seguida, quando estava a caminho de um dos estandes da Bienal , soltou o urro característico de seu personagem, para a alegria de dezenas de visitantes. Alguns deles fotografaram a cena. “As pessoas, principalmente os adolescentes, gostam de tudo aquilo que é proibido, misterioso e perigoso.”

sábado, 11 de abril de 2009

Cinema do interior paranaense no fim de semana santo

Silly Blog trazendo pra vocês as atualizações fresquinhas (ou nem tanto assim) das telas de cinema de Foz do Iguaçu/PR. Na quarta-feira fui no Iguassu Boulevard ver Zack and Miri Make a Porno, ou, se preferir, PAGANDO BEM, QUE MAL TEM?

Aproveito a brecha e abro aqui uns parênteses para afirmar minha alegria em ver esse belo título no cartaz nacional da película, seguido de um: JANEIRO NOS CINEMAS. Bacana, bacana. Ainda mais entrando na sessão de cinema correspondente a semana de estréia do filme nessa cidade e se sentir um privilegiado por assisti-lo, assim, tão cedo em oito de abril.

Bom, mas voltando ao título... é uma comédia por si só. E como não gosto de ver trailers, ler muito ou me aprofundar além de uma breve sinopse antes de ver um filme, parecia uma boa oportunidade para levar minha mãe comigo, uma vez que ela só gosta de filmes leves e comédias, coisa que não vejo com muita freqüência nos cinemas. Ela aparentemente gostou do cartaz. Lógico que ocultei a informação que possuía sobre o título original. Não sei se ela aceitaria muito bem um filme com a palavra “pornô” no meio. Imaginava que não, mas resolvi arriscar e dar uma chance para o acaso. Afinal afinal, não tinha companhia para ir comigo.

Digamos que minha mãe não é muito
“moderna” para curtir o tipo de comédia que assistimos. Esperávamos, logicamente, que envolvesse sexo, mas não tão “hardcore” como foi. No fim das contas, é um bom filme, mas longe de um para se levar sua mãe no feriado santo, hehe. E muito aquém dos principais trabalhos de Kevin Smith e dos recentes (e fantásticos) blockbusters estrelando Seth Rogen.

Passemos então para o dia seguinte, e para o Cineplex Cataratas. Lá tive a oportunidade de na quinta-feira escolher entre os hits oscarianos O Leitor e O Lutador (ambos com estréia em Fevereiro, nas salas de cinema mais decentes do Brasil). Fiquei com O Leitor. Ótimo. Envolve sexo também, e de uma adulta com um adolescente, mas de uma forma mais “bonita”, digamos assim.

Melhor ainda que sair dessa sessão atrasada é pegar um anúncio da Blockbuster relatando que ambos os filmes chegam mês que vem na locadora. Mas as novidades -
NOT! - não param por aí.

- pegei vosse, EHEEHE

Foi na sexta-feira, que começou a temporada iguaçuense do também oscarizado Slumdog Millionaire, ou se preferir – em bom (mal?) português - Quem quer ser um milionário?. Mas esse não deu tempo deu ver, assim como O Lutador. Bom, nenhuma lágrima necessita ser derramada, provavelmente muito em breve esses títulos estarão disponíveis em uma locadora próxima à minha residência.

DVD - fikdik

Em Foz do Iguaçu ou não, pra quem vai ficar com a pipoca de microondas opte por In Bruges. Nacionalmente conhecido como Na Mira do Chefe. Simplesmente formidável.
Assim que tiver um tempo sobrando de novo, verei o Rebobine, Por Favor. Já estou com uma cópia do filme. Faz tempo quero ver, mas não tive acesso a nenhum cinema que estivesse com ele em cartaz. Interessante que na versão nacional de Be Kind, Rewind há um subtítulo (sim, eles não morreram). Logo, o título completo estampado na capa é Rebobine, por favor - uma LOUCADORA muito LOUCA. Haja criatividade, hein.

P.S.: Alguém sabe o responsável pela escolha desses títulos brasileiros para os filmes estrangeiros? Não é possível! SÓ PODE ser uma pessoa (mediante levantamento da variação de palavras e idéias apresentadas no decorrer dos anos) e essa pessoa SÓ PODE ser irmã do LOUCUTOR da Sessão da Tarde. Vai gostar de aventura e confusão assim na ... LOUcadora.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

É ruim, mas é bão

Já se sentiu confuso e, logo em seguida, completamente eufórico e instigado a compreender um filme? Muholland Drive de David Lynch, por exemplo, é referência básica para cinéfilos cult e para aqueles que se aventuram a conhecer o submundo do cinema-charada, aqueles que são, do berço, confusos e complicados por esportividade.

Briga de gangues: mais do mesmo... no caso de Ritchie, quem disse que precisa mudar?

Bem menos complexo e mais comercial do que a obra de Lynch, um filme que me tirou o sono nos últimos dias é Revólver (2005), de Guy Ritchie. Ele foi visto primeiramente por mim alguns dias antes da minha viajem para praia e para Curitiba, oportunidade em que fiquei uma semana fora de casa. No sábado, antes de fazer as malas, estava lá eu e minha namorada a se deleitar com o filme quando o DVD player da república dela (muito, muito, muito [premiada Vivo] velho e usado) simplesmente travou o filme antes da metade e se recusou a funcionar dali em diante.

No dia seguinte, retomamos de onde parou aqui em casa. Como é de se imaginar, a continuidade foi prejudicada. Não entendi bulhufas... mas cheguei até o fim. Em um filme já não-linear e complicado, tal pausa é piada de mau gosto. Viajei e não deu tempo de ver o resto. Retornei ontem. Agora - após uma semana com passagens do filme martelando em minha cabeça - com mais tempo e já com a dica de como terminava a estória, revolvi sanar minhas dúvidas quanto à trama.

Revólver é um filme que confunde. De propósito, por estilo, sem muito material concreto para atingir tal nível de embromação. Trata-se de uma experiência visual fantástica. Muito estiloso tem uma excelente montagem, trilha sonora certeira e moderna, frases de efeito para Orkut e Msn, boa fotografia, monólogos ácidos, ritmo acelerado, quase bom de mais... Quase. Quando se chega ao âmago da reflexão proposta (
o ego é o inimigo) fica explícito os nós exagerados na trama. Contribui para a desvalorização da película as atuações irregulares e pasteurizadas de Ray Liotta, André 3000 (não convence, melhor cantando rap solo ou ao lado de seu parceiro de Outkast, Big Boi) mais alguém que provavelmente me foge a mente agora e de um ou outro capanga das gangues.

Oi! Meu nome é Ray Liotta. Não sou muito expressivo, mas sei fazer caras e bocas. Who's bad?!

Ainda sim é um filme para se ver mais de uma vez. Seja pela reflexão proposta, pelos efeitos visuais marcantes (a cena da queda na escada em câmera lenta e o atropelamento do Mr. Green permanecem imortalizadas em meu imaginário) ou pela simples ação e violência de primeiríssima, no melhor estilo
mamãe:quero-ser-Tarantino. Revólver não inova, não surpreende, mas impressiona.


Quero ver RocknRolla agora (apesar das críticas não muito animadoras)! E fico ansioso no aguardo Sherlock Holmes. O ex-Madonna pode não ser nenhum gênio, mas ainda sim é um entretenimento honesto e de qualidade. Rara espécime nos blockbusters atuais.
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Clint Eastwood rules!

PODE LER. Ess post é SPOILER free. *

Viram 'A Troca'? Achei o filme super bom e super triste. A Angelina, apesar de interpretar uma personagem muito feminina, tá "real bad-ass". No começo mansinha, depois, o demônio.
Não queira cruzar o caminho dessa mamãe obcecada por cirancinhas ou vai sobrar para você! A ira pura provocado pela perda e aliada a maquiagem de toneladas de pó branco cria uma aura de fantasma que impõe respeito em qualquer mané. Vide abaixo.

tá encarando o quê?

A vida imita a arte. A Angelina da vida real tem tantos, mais tantos filhos que aposto que se trocassem um dos dela por uma sósia, como a do filme, ficaria bem difícil dela notar a diferença. Imaginem a cena:

- "Madame, resgatamos o seu filho. Esse é Zahara."
- "Ohhhnnn, até que enfim Zahara está aqui"
- "Perdão, perdão. Me enrolei todo! Esse é o Maddox.

Situação difícil.


* Esse post não contém informações que ultrapassem a carga de revelações da trama que qualquer sinopse sucinta ou o próprio trailer do filme já não revelem.

ps.1: O título não tem nada a ver com o post, eu sei. Só pra deixar constatado que Clint Eastwood é o cara! E estou feliz com mais essa bela contribuição de puro cinema que ele nos proporcionou.

ps.2: Esse post vai para a Tati. Que acaba de ganhar um milhão de reais (NOT!) o prêmio de honra ao mérito por me ajudar pacientemente com todos os belos 'gadjets' operando nesse blog (que você pode desfrutar ali na saliente barra lateral, caro leitor). Obrigado! Veste a medalha, que ela é tua!


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